Ato 1, Parte 3: Visões

Arthur e Javert postarão aqui agora! Desculpem pela demora :B

ARTHUR

A escuridão deu lugar a um brilho alaranjado. Primeiro Arthur cobriu os olhos, meio cegado pela luz, mas quando seus olhos se acostumaram ele viu uma cena terrível.

Ele sabia que era sua cidade, apesar de ser irreconhecível. As construções estavam enegrecidas por um incêndio antigo, e o cheiro de podridão pairava no ar. Cadáveres carbonizados estavam jogados pelas ruas, corvos negros bicando sua carne morta. Ele reconhecia aquela rua; era exatamente na frente da oficina de seu pai.

Porém, o prédio estava completamente mudado. Uma parede estava desmoronada, as janelas estilhaçadas, a madeira das portas carbonizada.

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JAVERT

Javert sentia dor pelo corpo todo, como se chamas lambessem sua pele sem parar. Ele se viu no meio do fogo, um enorme incêndio. Mas apesar da dor, as chamas não o consumiam; ele continuava intacto, assim como suas roupas.

Ele sabia que estava dentro de uma construção, mas não sabia o que era. Apenas sabia que estava em um local em que o fogo já havia destruído quase tudo; móveis de madeira se tornaram combustível, e vigas do teto caíram em chamas.

- Mas... o que que...
* Arthur se levanta consternado *
- O que diabos aconteceu aq.... - olhando para oficina um pensamento vem a sua cabeça -... PAI!
* Arthur sai correndo em direção a oficina para procurar seu pai *

Desesperado, mas ao mesmo tempo interessado. Javert se levanta.

Tenta entender o que está acontecendo a seu redor e o porque o fogo não o queimava.

Apesar da estranhesa do fato, no entanto, a dor o vence e ele corre pelo local, tentando encontrar uma maneira de sair.

ARTHUR

Arthur correu para dentro da oficina, completamente destruída. O forro do teto havia caído e era difícil andar sem tropeçar em alguma coisa. Ferramentas, pedaços de metal, tudo estava jogando por aí, como se uma tempestade de vento tivesse passado pela loja. Ele passou pelo balcão destruído e viu um corpo carbonizado e apodrecido, irreconhecível, mas ele sabia: Era seu pai.

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JAVERT

Javert saiu do cômodo, passando por uma porta. Era exatamente o mesmo cômodo que estava antes. Ele continuou a correr, entrando e saindo pela mesma porta, como uma imagem infinita que espelhos criam ao serem colocados um em frente ao outro. Ele perdeu a noção do tempo, correndo afligido pela dor, até que seus pés perderam o chão.

Javert caiu de uma enorme altura na completa escuridão, até finalmente cair em um chão de pedra lisa como mármore. Envolto pelas trevas, conseguia divisar uma silhueta feminina na escuridão.

Totalmente aturdido e incapaz de compreender o que lhe acontecia, Javert grita para a silhueta, esperando que ela possa lhe ajudar em tão macabra situação:
-Olá ! Pode me ajudar? O que está acontecendo?

JAVERT

- Javert - A figura disse, com uma voz doce e distante. - Você não sabe, mas deve saber. O que aconteceu anos atrás... Jamais deve se repetir!

O fogo voltou, agora atrás da figura feminina. Os reflexos em seu rosto mostravam uma bela e jovem mulher, de cabelos pálidos, vestida com uma simples túnica branca.

-Quem é você? Um sonho? A morte? Uma alucinação? - Perguntou o homem. - Se é real me ajude a sair daqui. Esse lugar me assusta.

JAVERT

- Eu preciso de sua coragem - A voz soou, mais decisiva. - Você precisa lembrar... Precisa detê-los!

O fogo tomou o corpo da jovem e a cena mudou. Agora ela jazia crucificada, presa a uma cruz de pedra, uma enorme espada enfiada em seu peito. Sua pele apodreceu a olhos vistos, e o sangue correu até tocar os pés de javert...

Javert acordou gritando.

- Senhor, acalme-se! - Ele ouviu uma voz idosa ao seu lado. - Você está bem. Estamos no hospital do Exército da Salvação.

Sobressaltado, suando e com medo. Javert fez o possivel para se acalmar. A visão da velha da seu lado e o fedor usual que pairava por toda a cidade, de certa forma o reconfortavam e o faziam sentir que voltara a realidade.

Deitou-se novamente, tentando lembrar-se de algo. O que seria...

-Senhora - perguntou ele desviando seus pensamentos - como cheguei aqui?

Javert havia sido encontrado na rua desmaiado, ardendo em febre, e fora trazido ao hospital improvisado do Exército da Salvação. Lá ele poderia ficar algum tempo, e ganharia um prato de comida por dia, o que já era muito melhor do que passar fome na rua. Porém, a visão da mulher em seus sonhos não saía de sua cabeça...

Javert fechou aqui o Ato 1 :B

desculpa demora, essa semana n trabalho tem sido loucura e acabei esquecendo do forum. Pode me mandar mensagem privada caso eu acabe demorando demais.
* Arthur olha estarrecido para o que parecia ser seu pai *
- NÃO! PAI!
* Arthur se joga de joelhos ao chão e começa a chorar*
- O que aconteceu aqui? Mas que droga!
* Arthur fica parado no mesmo lugar, sem saber o que fazer a não ser chorar por seu pai*

bem, então vou fechar pra você, apesar do atraso XD

Enquanto chorava, uma voz sussurrava para Arthur:

- Lembre-se...

Ele subitamente acordou, olhando agora para o rosto de seu pai, vivo e preocupado.

- Finalmente! - Ele sentou-se na cadeira ao lado da cama onde Arthur estava deitado. - Eu disse para você não ir trabalhar sem comer, filho. Caiu em frente à loja como um fruto maduro!

- ... Pai?
*arthur se sente confuso por um instante, mas ao notar que tudo era um sonho, levanta-se e abraça-o com todas suas forças. Após um tempo se desvencilha*
- Quanto tempo fiquei desacordado?

O Sr. Smith parecia desconcertado com a atitude do filho.

- Já é quase noite - Ele disse - Você esteve inconsciente esse tempo todo, murmurando coisas estranhas. Chamei o médico e ele disse que era uma fraqueza pela desnutrição. Mas eu já estava preocupado!

Arthur ainda estava perturbado pelas suas visões, sem entender o motivo daquele sonho. Ele tinha a impressão de que algo terrível estaria para acontecer, mas não sabia o quê. Porém, nos dias seguintes, nada mais aconteceu.

Fechando aqui! Postando o ato 2 daqui a pouco!